domingo, 9 de maio de 2010

11º dia – Barcelona

Enfim, seguimos de trem para Barcelona. A viagem foi relativamente tranqüila, embora o trem estivesse lotado e parasse muito. A chegada certamente foi um choque: saímos de uma França organizada e tranqüila, para a mergulharmos de cabeça em uma Espanha tumultuada e barulhenta. Esses adjetivos podem parecer pejorativos, mas experimente chegar em Barcelona em pleno feriado de La Mercê, precisamente no dia 24 de setembro...Um mundo de gente, bonecos gigantes vagando em meio às pessoas, artistas de ruas, shows, apresentações. Tudo ao mesmo tempo.
De qualquer forma não deixamos de fazer nosso roteiro.
Começamos pelo Bairro Gótico, se aventurando em um emaranhado de vielas, pracinhas e igrejas. Fomos à Catedral de Barcelona, mas sinceramente não me lembro de muitas coisas, talvez pelo lugar estar lotado e sufocante.
Resolvemos então conhecer o Palau de la Musica Catalana, o que foi muito bacana, por ser uma visita monitorada e ser o primeiro momento de relaxamento desde a nossa chegada.


Construído entre 1905 e 1908 pelo arquiteto Lluis Domènech, o edifício é um típico exemplo da exuberante Arquitetura Modernista Catalã (Modernisme). Por hora basta sabermos que o Modernismo Catalão não tem nada a ver com a Bahaus, pelo contrário, se aproxima muito mais do Art Noveau. É extremamente rico em ornamentação, beirando e cruzando o limite do exagero. Estilo cheio de dinamismo em curvas sinuosas e motivos florais em arranjos assimétricos cheios de personalidade, cujo maior representante é o famoso arquiteto Gaudí.
Seguimos para a Igreja de Santa Maria Del Mar, construída entre 1329 e 1383.

Na época eu não havia lido o livro "A Catedral do Mar" de Ildefonso Falcones, leitura a qual recomendo para quem quer conhecer o modo de vida da Idade Média, em um belo romance vivido em Barcelona.
Terminamos o dia passeando na famosa Las Ramblas (vista na primeira foto deste post), e já começávamos a ficar encantados com esta cidade. Las Ramblas é mais que uma rua, é o coração da cidade, pelo menos para os turistas. É um calçadão que liga a Praça Catalunha com a região costeira, e tem mais de 1km de extensão. Cuidado para não tropeçar nos artistas de ruas, nos turistas, nas bancas de flores, etc...


Ainda não havíamos conhecido a Barcelona de Gaudí...e ela que deixa qualquer um de queixo caído.