domingo, 1 de novembro de 2009

5º dia: Chartres

Deixamos Versailles com destino à Chartres, pequena cidade com 42.000 habitantes, a 96 km de Paris. Seria mais uma parada neste longo dia, antes de chegarmos à Amboise.
Lembro-me de estarmos irradiantes com aquele momento: dirigíamos na França, ouvindo Paul McCartney, e avistamos as torres da catedral ainda da estrada, a mais de 10km de distância!
A Catedral de Chatres é um dos mais preciosos monumentos históricos da França e uma das mais belas catedrais góticas da Europa.
Para chegar à catedral passamos a pé por uma ponte de pedra sobre o rio Eure e por estreitas e simpáticas vielas. A catedral ergue-se massivamente em meio à este acanhado cenário urbano.

A primeira igreja românica erguida neste local foi iniciada no ano de 1020 e destruída por um incêndio em 1194. Remanescentes da fachada principal, do campanário sul e da cripta sobreviveram a este incêndio, e assim foram incorporados à construção da nova catedral gótica, finalizada em apenas 26 anos, ou seja, em 1220.

A praça em frente à fachada principal (desenho acima) permite que se tenha uma visão magnífica da catedral e suas torres de diferentes formas arquitetônicas. A torre mais baixa, com 105 metros, pertence ao primeiro período de construção, daí as suas feições românicas. A mais alta, com 113 metros e erguida no século XVI, tem características do gótico flamboyant.
Finalmente entramos na catedral, boquiabertos com suas dimensões. A nave, com cerca de 100 metros de comprimento, assemelha-se a uma gigantesca caverna, iluminada suavemente pela luz colorida dos seus 186 vitrais. O órgão da catedral fica pendurado em uma das paredes laterais da nave de 37 metros de altura, e me fez lembrar um gigantesco morcego, vigiando os fieis perdidos na escuridão. Só não é tão ameaçador, pois dele sai melodiosas composições de gênios da música. Alias, foi Bach quem anunciou a entrada de uma noiva na igreja, de vestido rosa e chapéu, quase que pedindo licença para os turistas.
Não deixe de dar uma volta completa na catedral, observando os portais laterais, os arcobotantes e as capelas. Há um belvedere atrás da catedral, com uma bonita vista da cidade.
Dado interessante: todos os vitrais da catedral foram removidos e guardados em local seguro durante a Segunda Guerra Mundial, a fim de protegê-los contra eventuais bombardeios.

Próxima etapa: Vale do Loire.

2 comentários:

  1. Que viagem encantadora, estou adorando!!

    Tenho muita vontade de conhecer o interior da França. Está na minha listinha há tempos! rs :)

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  2. Que legal que vc está acompanhando o blog. Me dá mais vontade de continuar escrevendo...obrigado!

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