sábado, 5 de setembro de 2009

Terceiro dia em Paris: 2a parte – Place de la Concorde / Opera Garnier


Andando cerca de 1,2 km, através dos belos jardins que margeiam a Champs-Elysées, chegamos a Place de la Concorde. Mais de 1.300 cabeças rolaram no chão desta praça (incluindo a de Luis XVI), durante a Revolução Francesa. Onde antes ficava a guilhotina hoje se encontra o Obelisco de Luxor, um monumento de 3.300 anos de idade e 23 metros de altura. Foi um 'presentinho' doado por um monarca egípcio ao governo da França e erguido no local em 1836. A praça é bonita, com duas grandiosas fontes e belos edifícios, mas é um pouco movimentada demais por conta do trânsito. Nesta foto você verá o obelisco, as fontes, os palácios da praça e a La Madeleine ao fundo. Neste artigo há muitas outras fotos legais (não tenho nenhuma bacana).
Nosso próximo destino era a Ópera Garnier. Nós decidimos ir de metrô, pois queríamos economizar pernadas. Por conta disso deixamos de visitar dois locais interessantes: a Igreja La Madeleine, praticamente uma cópia de um templo grego, e a Place Vendôme. Esta praça deve ser belíssima também, pena termos deixado-a de lado. Nela encontram-se a Coluna Vendôme e o famoso Hotel Ritz. Quem sabe um dia, com alguns milhares de euros a mais no orçamento da viagem, a gente não fica lá? (Curiosidade – a suíte mais simples custa 550 Euros/noite). Há ainda uma outra rua ali perto que deve valer uma visita pelas fotos que acabei de ver na net: a Rue Edouard VII, a uma quadra da Opera Garnier.
Se você optar por fazer esse trajeto a pé, com certeza não se arrependerá, mas somará mais 1,5 km à jornada do dia.
A simétrica fachada da Opera Garnier reflete o estilo Belas-Artes (Beaux-Arts), com extensa ornamentação condensada em uma 'base' neoclássica.
Por dentro, o edifício é ainda mais suntuoso, com suas escadarias monumentais, afrescos e dourados ofuscantes. Nesse caso, não posso falar muito, exceto pelo que vi no site oficial do lugar, pois não visitamos os interiores da ópera.
Um dos motivos de irmos até aquela região é que, atrás da Opera Garnier, há uma agência da American Express, onde pudemos trocar alguns travellers checks. (alías, não é legal usar travellers checks na Europa – poucos lugares aceitam, prefira o Visa Travel Money).
Pra quem gosta de compras há várias lojas de departamentos por ali, inclusive a Galeria Lafayette. Essa é uma região muito movimentada. Muita gente, muitos carros, mas sempre muita beleza.

Pegamos o metrô até o Arco do Triunfo...e depois, Torre Eiffel!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Terceiro dia em Paris: 1a parte – Ponte Alexandre III e imediações.

Pegamos o metrô e descemos próximo ao Hotel des Invalides. Trata-se de um complexo de edifícios do séciulo XVII que inclui as 'hospedarias' construídas para os inválidos e veteranos de guerras por Luis XIV, além da Église du Dome, com seu belo domo dourado. (ao fundo, na foto acima). Nós não fomos até lá, pois estávamos focados em conhecer outras coisas naquele dia.


A poucos passos do metrô fica a Ponte Alexandre III, construída entre 1896 e 1900 em homenagem ao czar russo. A ponte cruza o rio em um vão único e tem decorações impressionantes. Tem quatro grandes pedestais nas extremidades (que me fizeram agora lembrar da Ponte das Bandeiras, na marginal Tietê, uma comparação pra lá de esdrúxula), que suportam esculturas douradas de cavalos alados. O restante da ponte é repleto de luminárias art-noveau e anjos que parecem moleques brincando perigosamente no parapeito da ponte.


Do outro lado da ponte, indo em direção à Champs-Elysées, estão o Petit e Grand Palais. São belos pavilhões de fachadas em estilo belas-artes e detalhes art noveau em ferro e coberturas de vidro, numa elegante e requintada mistura. Ambos foram construídos na mesma época da ponte, por ocasião da Exposição Universal de 1900. Estavam fechados em 2004 para uma reforma, mas foram reabertos em 2005. Abrigam museus e galerias de exposições temporárias. Veja estes links (Petit Palais / Grand Palais) e fique babando com as fotos dos dois edifícios, como eu acabei de ficar. Serão certamente visitados numa próxima viagem à Paris.


Na foto acima, o Grand Palais.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Segundo dia em Paris: 3ª Parte – Montmartre


Do Pompidou pegamos um metrô até a estação Anvers, próxima à Basílica de Sacré-Couer, no bairro de Montmartre.
Esse bairro da cidade, segundo a definição da minha esposa, é "o Embu das Artes de Paris...só que com muito mais charme, claro". É uma ótima definição para o clima desse lugar, cheio de artistas de rua, retratistas e quinquilharias, em ruelas estreitas e praças abarrotadas de turistas.
Vale a pena conhecer esta região. A vista de Paris que se tem do belvedere (mirante) em frente à basílica, é muito bacana – não é imperdível, pois a cidade é muito horizontal, mas de qualquer forma renderá boas fotos (se o tempo estiver bom).
A arquitetura da Basílica de Sacré-Couer é mistura do românico e do bizantino (pelas suas arcadas e formato das cúpulas) e foi construída entre 1875 e 1914, (portanto tudo 'neo'). O interior do templo é imenso e a altura da cúpula é de perder o fôlego. Eu não subi, mas acabei de ver que é possível subir na cúpula, onde a vista de Paris deve ser ainda mais impressionante. A construção foi toda revestida de mármore travertino, daí o branco ofuscante da obra.





O passeio pelas ruas próximas à basílica é bem agradável, mas não deverá tomar muito do seu tempo. É o que aconteceu conosco: voltamos ao metrô e descemos na estação Maubert-Mutualité, próxima ao Panteão, ou 'Lê Panthéon'.

O Panteão está localizado em uma região repleta de instituições de ensino, principalmente a Universidade de Paris, conhecida como La Sorbonne. A construção, em estilo neoclássico, foi concluída em 1791. Minha esposa não quis entrar (estava exausta e preferiu descansar na escadaria), então fui sozinho, me sentido quase um playmobil diante da magnitude das dimensões do lugar (110 metros de comprimento!). Fiquei de queixo caído com os 85 metros de altura da cúpula. Impressionante. Impressionante também é a lista de personalidades ali enterrada na cripta: Alexandre Dumas, Voltaire e Vitor Hugo entre muitos outros.
Mortos quase ficamos nós, depois de tanto andar. Do Panteão passamos ainda pela igreja de St. Etienne-du-Mont, logo ao lado, com uma interessante tribuna, que separa a nave do altar-mor. Valeu a pena entrar.



Seguimos em direção às Arenas de Lutéce, no Quartier Latin, o seja, já nas proximidades do nosso albegue. Segundo aquilo que havíamos lido, tratava-se dos remanescentes de um anfiteatro romano. Não valeu a visita, talvez por estarmos exaustos e famintos, no fim daquele dia. Passamos em uma boulangerie e fomos embora. Somamos mais uns 2km às nossas pernas por conta dessa última 'voltinha'.

domingo, 30 de agosto de 2009

Segundo dia em Paris: 2ª Parte – Centre Georges Pompidou



O Centre Georges Pompidou (site oficial) é um museu de arte moderna que inclui obras de Picasso, Matisse, Miro, Kandinsky e Pollock. Além desses grandes nomes, o próprio museu é uma obra prima da arquitetura contemporânea. Os arquitetos Richard Rogers, Renzo Piano e Gianfranco Franchini idealizaram um edifício high-tech, onde toda a infraestrutura é deixada à vista, como parte integrante da estética arquitetônica. É como ver uma 'tomografia' da construção, com todas as tubulações, dutos, sistemas de circulação e sistemas estruturais, aparentes. Cada 'sistema' tem sua cor específica (verde para água, azul para ar, vermelho para circulações e incêndio). A idéia por trás disso era criar um ambiente de exposições livres de quaisquer interferências. Apesar de todo esse vanguardismo, o museu foi inaugurado na distante década de 1970...1977 pra ser exato. O prédio deste museu parece, na verdade, uma grande fábrica.
Nessa altura já havíamos andado uns 4km neste dia (calculados no Google Earth hoje)...E os meus pés começavam a incomodar: algumas bolhas pipocaram aqui e ali, resultado de horas de caminhada e um pé úmido e xexelento. Esse incômodo iria me perseguir por 20 dias de viagem. Para quem tem esse tipo de problema (pés úmidos) eu aconselho andar com um "pé baruel" na mochila e manter os pés e as meias sequinhas o tempo todo. Sandálias, chinelos e sapatos são proibidos pra quem vai andar tanto.

(Continua...)